(Foto: Reprodução)
Para o brasileiro Hugo Barra, que é vice-presidente da empresa, o desempenho da Xiaomi é resultado de uma comunidade ativa nas redes sociais que foi construída organicamente. Cerca de 40 milhões de usuários interagem no fórum MIUI com opiniões sobre os produtos já existentes e sugestões para os próximos. "Mais da metade dos nossos produtos nasce na comunidade", disse Barra nesta terça-feira, na feira MWC, em Barcelona.
Segundo ele, nenhuma fabricante mantém um relacionamento tão próximo e intenso com os consumidores em grande escala quanto a Xiaomi. O diferencial não vem à toa: "fazemos atualizações todas as sextas-feiras, os usuários testam no sábado e no domingo, comentam na segunda e na terça e nós avaliamos os feedbacks até a outra sexta", diz. São cerca de 250 atualizações semanais.
Nada disso seria possível se a empresa não tivesse preços abaixo da concorrência. O Mi Note, top de linha com especificações poderosas, por exemplo, sai pelo equivalente a US$ 370, pouco mais da metade de um iPhone 6 desbloqueado nos EUA. Esta facilidade vem da característica do modelo de negócios: grande parte da venda é direta e os aparelhos ficam até dois anos no portifólio, economizando custos de produção.
De malas prontas para o Brasil, inclusive com um de seus celulares já homologados, a Xiaomi prioriza mercados emergentes no processo de internacionalização. Para explicar o interesse neste nicho, Barra recorreu ao bolso das pessoas. "Quanto do seu salário você gastaria com um smartphone? Só faz sentido ir para um país um desenvolvimento se seus preços não forem caros", observa.
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Olhar Digital
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