segunda-feira, 23 de março de 2015

Internet 4G brasileira é mais rápida que nos EUA e no Japão




O 4G brasileiro tem muitos problemas e ainda engatinha, mas em um ponto as operadoras nacionais podem se vangloriar: a internet móvel de quarta geração por aqui é mais rápida do que países com a tecnologia já estabelecida como Estados Unidos e Japão. 
A informação vem de um estudo da OpenSignal referente ao período entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. A empresa oferece um app que pode ser instalado voluntariamente no celular para medir o desempenho da internet móvel da sua operadora. 
Graças estas informações, é possível saber que a média de velocidade 4G nacional é de 11 Mbps, contra 10 Mbps do Japão e 7 Mbps dos Estados Unidos. O país está bem longe da líder Espanha, no entanto, que chega a uma média de 18 Mbps. Confira o ranking de velocidade completo abaixo:
Reprodução
Entrando em detalhes sobre as operadoras nacionais, o estudo diz que a Claro tem a internet mais rápida, com média de 13 Mbps. A empresa é seguida pela Oi (12 Mbps), TIM (6 Mbps) e Vivo (6 Mbps). 
Apesar do resultado positivo de certa forma, é importante salientar que isso não significa que o 4G brasileiro é bom. Os números a seguir mostram o que está errado na internet móvel brasileira: a falta de cobertura, que faz com que os usuários passem pouco tempo na rede 4G. 
Segundo o ranking, o usuário brasileiro passa apenas 44% do tempo conectado à rede de quarta geração, superando apenas o Reino Unido, Filipinas e Argentina. O resultado é humilhante ao comparar a cobertura da Coreia do Sul, líder absoluta neste sentido, onde as pessoas passam 95% conectadas à rede 4G. Japão e Estados Unidos, que ficam atrás em relação a velocidade, ficam bem à frente em relação a cobertura, com 86% e 77% de tempo na internet 4G respectivamente.
 Reprodução
Novamente detalhando o resultado das operadoras brasileiras, a TIM teve o melhor resultado em cobertura. Seus usuários passaram 46% do tempo conectados à rede 4G. Em seguida vêm Vivo (44%), Claro (42%) e Oi (42%).

O resultado ruim em relação à cobertura obscurece o resultado da velocidade. Isso porque pouco adianta ter internet rápida se o acesso a ela é difícil. Além disso, a tendência é que a velocidade comece a cair assim que mais usuários abraçarem o 4G. Smartphones cada vez mais baratos como o novo Moto E já oferecem suporte à tecnologia; será necessário investimento pesado em cobertura para aguentar a nova leva de usuários.


Olhar Digital

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