quarta-feira, 25 de março de 2015

Além dos GHz: do que é capaz um chip de última geração para celular?




Um processador é mais do que apenas gigahertz e núcleos. No caso dos celulares, os SoCs (system-on-chips) são o cérebro e o coração, e propulsiona tudo que há de novo a cada geração de dispositivos. E, com isso, um novo chip, de última, faz toda a diferença, mais do que apenas velocidade e multitarefa.
A Qualcomm realizou um evento em São Paulo nesta quarta-feira, para mostrar o que, além de velocidade, seu novo processador Snapdragon 810 é capaz de trazer para a nova geração de dispositivos móveis.
O chip traz o que de mais potente é possível encaixar em um celular, incluindo inúmeros recursos citados mais abaixo. Há, no entanto, algumas ressalvas com o Snapdragon 810, que dizem a respeito ao superaquecimento. A Samsung deixou de utilizá-lo no Galaxy S6 por causa disso; o HTC One M9 chegou a até 55 graus em alguns testes, o que torna o uso desconfortável e também é uma ameaça à durabilidade do aparelho.
O chip já é aplicado no LG G Flex 2, o primeiro a chegar ao Brasil utilizando a tecnologia. No exterior já existem também o Mi Note Pro, da Xiaomi, e o top de linha da HTC. Outros aparelhos de alto desempenho devem aproveitar o processador também em um futuro próximo. No entanto, o que vemos nestes aparelhos é só um pedaço da real capacidade. Veja a lista completa abaixo:
Telas 4K: Em um celular pode ser exagero uma tela tão parruda, principalmente pelo consumo de energia, mas em um tablet isso pode ser um baita diferencial em jogos e vídeos. As câmeras de celulares atuais já são plenamente capazes de produzir conteúdo em 4K, então é bom que os displays também suportem a resolução.
Novos formatos de vídeo: Ok, vídeos 4K começarão a se tornar uma realidade, mas ele ainda ocupam espaço demais no celular e transmiti-los pela rede é um martírio. Felizmente, o chip suporta o formato de vídeo HEVC (ou H.265), que consegue comprimir o vídeo em até a metade do tamanho sem grandes perdas de qualidade. Não é necessário explicar o quanto a indústria sonha com arquivos menores sem que a qualidade seja perdida e o quanto isso é benéfico para o usuário, que tem mais espaço para guardar suas coisas e gasta menos dados para transferir informações.
Edição de vídeo e imagem: O chip de 64 bits proporciona a habilidade de fazer cortes e montar um vídeo de forma mais rápida. Além disso, apps para edição e tratamento de imagem conseguem exibir preview em tempo real das modificações, mesmo com imagens em alta resolução, algo que causa engasgos em chips mais fracos. 
Reprodução
LG G Flex 2: o único aparelho com o Snapdragon 810 no Brasil por enquanto
Áudio de qualidade: Junto do Snapdragon 810 chegou o suporte a arquivos de áudio sem compressão, no formato FLAC, o que faz toda a diferença para audiófilos, com fones de ouvido de qualidade.
Dispositivos dual-camera: Pode parecer desnecessário, mas um chip mais parrudo também permite que haja duas câmeras operando em conjunto na traseira do aparelho. Que diferença isso faz? A empresa demonstrou como o zoom digital melhora graças a um software que interpola a imagem dos dois sensores, já que o zoom óptico é algo que não vemos, nem veremos, na maioria dos dispositivos móveis. O foco automático também fica mais rápido.
Processamento gráfico: O Snapdragon utiliza a GPU Adreno 430, que traz o que há de mais impressionante na tecnologia móvel para jogos e renderização de imagens em 3D, ampliando a quantidade de detalhes na tela, permitindo iluminação dinâmica também.
Streaming local em 4K: Os vídeos em 4K que você fez pelo celular podem ser transmitidos por meio da rede local para uma TV compatível. Claro que, neste caso, é recomendável ter um bom roteador para suportar o tráfego intenso de dados.

Olhar Digital

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