Novo time da MLS aproveita potencial turístico da cidade para começar na liga pensando grande. Elenco tem jogadores de dez países diferentes
Nos últimos anos, Orlando tem disputado com Nova York o título de cidade mais visitada do país. Em 2010, estudo realizado pela revista Forbes mostrou que a terra da Disney recebeu 48 milhões de visitantes no ano anterior – a maioria é formada por brasileiros e sul-americanos em geral. De olho nesse mercado, o Orlando City começou a montar parcerias para atrair turistas que normalmente vão à Flórida por causa dos parques.
As obras do futuro estádio do Orlando City na cidade famosa pela Disney (Foto: Diego Ribeiro)
O departamento de turismo montado pelo clube firmou acordos com grandes agências de viagens do Brasil. Agora, além de ingressos para parques como Magic Kingdom e Universal, as companhias vão oferecer também bilhetes para um dia de “experiência” no Citrus Bowl, estádio que vai acolher o Orlando City em sua primeira temporada na MLS.
– O Citrus Bowl e nosso novo estádio vão abrigar mais ou menos 20 mil pessoas. Queremos chegar aos 14 mil ingressos vendidos para toda a temporada. O restante vai ficar para esse público que vem a Orlando para passar férias e curtir os parques. Vamos mostrar que o Orlando City também será uma atração – afirmou Alexandre Leitão, CEO (Chief Executive Officer, diretor executivo) do clube.
Kaká posa com Mickey durante férias na Disney: as estrelas de Orlando (Foto: Divulgação)
O
novo dirigente do Orlando City tem dito em entrevistas que, em primeiro
lugar, o clube é feito para os americanos. No entanto, ele espera que
brasileiros e outros gringos façam dos Lions o seu segundo time. O
fundador da equipe da Flórida, Phil Rawlins, também vê um panorama
positivo na Europa.– Sou inglês e vejo muitas pessoas de lá comentando. Temos muitas conexões com o Brasil, a América Latina e a Europa. Vamos nos tornar um clube global em pouco tempo. Já estamos sentindo isso acontecer – assegurou Rawlins.
Não à toa, o time treinado por outro inglês, Adrian Heath, mistura diversas nacionalidades e línguas no elenco. Além dos três brasileiros (Kaká, Pedro Ribeiro e Gustavo “Geladeira”), o Orlando terá em 2015 ao menos um jogador de cada um dos seguintes países: Portugal, Inglaterra, Jamaica, El Salvador, Honduras, Colômbia, Angola, Trinidad e Tobago e os EUA. Ao todo, são dez países representados.
Gustavo Geladeira, ex-Flamengo, é um dos estrangeiros do Orlando City (Foto: Arquivo Pessoal)
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Alguns sequer entenderam uma palavra do que falei, mas a linguagem do
futebol é a mesma. Alguns gritos depois, todos conseguiram compreender o
que eu queria – brincou Heath.A chegada de Kaká atraiu a mídia. Além dos americanos, brasileiros, alemães e ingleses acompanharam o primeiro dia de trabalho do Orlando City. O brasileiro admitiu que o projeto de globalização é algo que lhe atraiu desde o início.
– O projeto e as pessoas que estão nele despertaram meu interesse. Quero fazer parte dessa liga, ficar no Orlando City por muitos anos e fazer esse clube ser conhecido em todo o mundo – resumiu Kaká.
Dentro de campo, o meia será a referência para os mais jovens. Fora dele, o principal garoto propaganda do clube que trabalha com um slogan bem claro: “Defy expectations”. Supere as expectativas. Com a frase espalhada por vários cantos da sede do clube, o Orlando City espera resultados dentro e fora de campo logo em sua primeira temporada.
Kaká é a grande atração do time do Orlando City para esta temporada (Foto: Divulgação)
GE
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