Atmos, tecnologia de som 3D, já está disponível para home theaters (Foto: Divulgação/Dolby)
Para
se ter uma ideia do efeito produzido, vale lembrar que a técnica rendeu
dois Oscars de som (mixagem e edição) ao filme "Gravidade". O diretor
Alfonso Cuarón descreveu a nova tecnologia como “um sonho tornado
realidade, em que você pode explorar as possibilidades de profundidade e
separação como nunca antes.”No Dolby Atmos, cada peça do áudio é codificada como um objeto de som, destinado a um ponto específico em torno do público em um espaço tridimensional. Até 128 elementos de áudio individuais podem ser reproduzidos ao mesmo tempo pelo sistema. Esse limite não chegou a ser atingido na película de Cuarón, o que significa que ainda há muito potencial a ser explorado.
Muitos outros filmes, como "Brave", "O Hobbit" e "Homem de Ferro 3", também usaram o áudio tridimensional do Atmos. Em princípio, as salas precisam ter auto-falantes no teto para reproduzir os efeitos sonoros, o que também é necessário para os home theaters. No entanto, é possível improvisar para criar o mesmo efeito.
Salas de cinemas já têm tecnologia de som 3D (Foto: Divulgação/Dolby)
“Nossa
pesquisa descobriu que um som parece vir de cima de um ouvinte quando
se tem uma ‘ranhura’ – a combinação dos sons faz uma curva por cima da
sua cabeça e chega aos seus ouvidos, assim como acontece com as
reflexões que batem nos ombros”, explicou Jonathan Jowitt, técnico
especialista em serviços de provedor de conteúdo da Dolby europeia.Quem quiser atualizar seus sistemas domésticos para o Atmos precisará comprar kit incluindo um novo receptor de áudio, que decodifica os sons e os lança para os alto-falantes. Receptores de áudio com menos de dois anos podem ser compatíveis com a atualização de software Atmos, mas o sistema ainda exige pelo menos dois alto-falantes “up-firing”. A boa notícia é que o som Atmos pode ser armazenado em Blu-ray, além da Dolby Digital Plus, usada em serviços de streaming como Netflix.
Fabricantes como Yamaha, Pioneer e Onkyo já licenciaram o Dolby Atmos para dispositivos domésticos.
The Guardian
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