sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Som em 3D Dolby Atmos está pronto para chegar aos home theaters

Muito empregado em recentes produções de Hollywood, o som 3D já está disponível para home theaters, e os cinéfilos já podem viver essa experiência em casa. Ele chega aos aparelhos domésticos pela Dolby por meio de sua tecnologia Atmos, que cria “objetos sonoros” ao redor do espectador correspondentes à ação na tela. Sons de trovões ou chuva caindo, por exemplo, são reproduzidos em diferentes níveis auditivos, fazendo com que o ouvinte se sinta dentro da cena.

Atmos, tecnologia de som 3D, já está disponível para home theaters (Foto: Divulgação/Dolby)Atmos, tecnologia de som 3D, já está disponível para home theaters (Foto: Divulgação/Dolby)
Para se ter uma ideia do efeito produzido, vale lembrar que a técnica rendeu dois Oscars de som (mixagem e edição) ao filme "Gravidade". O diretor Alfonso Cuarón descreveu a nova tecnologia como “um sonho tornado realidade, em que você pode explorar as possibilidades de profundidade e separação como nunca antes.”
No Dolby Atmos, cada peça do áudio é codificada como um objeto de som, destinado a um ponto específico em torno do público em um espaço tridimensional. Até 128 elementos de áudio individuais podem ser reproduzidos ao mesmo tempo pelo sistema. Esse limite não chegou a ser atingido na película de Cuarón, o que significa que ainda há muito potencial a ser explorado.
Muitos outros filmes, como "Brave", "O Hobbit" e "Homem de Ferro 3", também usaram o áudio tridimensional do Atmos. Em princípio, as salas precisam ter auto-falantes no teto para reproduzir os efeitos sonoros, o que também é necessário para os home theaters. No entanto, é possível improvisar para criar o mesmo efeito.

Salas de cinemas já têm tecnologia de som 3D (Foto: Divulgação/Dolby)Salas de cinemas já têm tecnologia de som 3D (Foto: Divulgação/Dolby)
“Nossa pesquisa descobriu que um som parece vir de cima de um ouvinte quando se tem uma ‘ranhura’ – a combinação dos sons faz uma curva por cima da sua cabeça e chega aos seus ouvidos, assim como acontece com as reflexões que batem nos ombros”, explicou Jonathan Jowitt, técnico especialista em serviços de provedor de conteúdo da Dolby europeia.

O resultado é um alto-falante virtual na parte superior do ambiente, criado por meio do direcionamento de um pequeno alto-falante para o teto. É impossível diferenciar isso e alto-falantes reais montados no telhado, segundo o especialista.
Quem quiser atualizar seus sistemas domésticos para o Atmos precisará comprar kit incluindo um novo receptor de áudio, que decodifica os sons e os lança para os alto-falantes. Receptores de áudio com menos de dois anos podem ser compatíveis com a atualização de software Atmos, mas o sistema ainda exige pelo menos dois alto-falantes “up-firing”. A boa notícia é que o som Atmos pode ser armazenado em Blu-ray, além da Dolby Digital Plus, usada em serviços de streaming como Netflix.
Fabricantes como Yamaha, Pioneer e Onkyo já licenciaram o Dolby Atmos para dispositivos domésticos.

The Guardian

Nenhum comentário:

Postar um comentário