Fenômeno brasileiro de 20 anos conta com vitória do compatriota Alejo Muniz sobre o australiano para comemorar o primeiro caneco de campeão mundial do surfe nacional
Gabriel Medina é carregado por amigos na comemoração do título mundial (Foto: Kirstin Scholtz / ASP)
-
É fantástico. Eu não sei exatamente o que dizer. Eu quero agradecer
Alejo por me ajudar. Eu amo essa torcida. Eu quero muito celebrar com
todas essas pessoas, com meu pai e minha mãe. Eu sonhava com isso e
agora virou realidade - afirmou Gabriel, que abandonou a bateria dele de
quartas de final contra
o compatriota Filipe Toledo para comemorar o título, mas depois voltou
para a água quando faltavam pouco mais de dez minutos para o fim e,
mesmo assim, o novo campeão acabou levando a melhor por 4,30 a 3,27 e
avançou à semifinal em Pipeline.Contra o australiano Josh Kerr, Medina brilhou mais uma vez e se classificou para a grande final com vitória por 13,60 a 9,43. O adversário é o também "aussie" Julian Wilson.
A bateria que poderia dar o título mundial a Gabriel Medina começou com o mar mexido e poucas ondas de alta qualidade. Número 29 do ranking mundial, Alejo Muniz se posicionou ao lado do vice-líder, Mick Fanning, para tentar dar o bote na hora certa e dropar uma boa onda. O tricampeão mundial saiu na frente com uma pequena nota 1,43 e o catarinense respondeu com um 1,03. Depois, nos outros primeiros 15 minutos de bateria, ambos não conseguiram encontrar boas ondas para aumentar os seus somatórios.
Gabriel Medina vibra na areia de Pipeline, cercado de torcedores e amigos (Foto: Pedro Gomes Photography)
Na
segunda metade de bateria, o marasmo do mar continuava atrapalhando os
dois competidores. De um lado, Alejo lutava por ele, já que precisa de
um grande resultado para continuar no WCT em 2015, e pela nação
brasileira, que ele escolheu para defender. A vontade do argentino
criado em Bombinhas (SC) prevaleceu e ele conseguiu surfar uma boa
direita para Backdoor para tirar nota 5,50, somar 6,53 pontos e deixar
Mick precisando de um 5,27 para virar a bateria e impedir que Medina
fosse campeão mundial mesmo fora da água. Os minutos foram passando e
nada de onda aparecer. Ótimo para Alejo, ótimo para Medina, ótimo para o
Brasil! Acabou o tabu: um brasileiro é campeão mundial de surfe na
elite do esporte.
baterias da terceira fase
2. Owen Wright (AUS) 12,20 x Fred Patacchia (HAV) 11,17
3. Michel Bourez (TAH) 9,67 x Matt Wilkinson (AUS) 7,00
4. Josh Kerr (AUS) 10,50 x Jadson André (BRA) 7,87
5. Miguel Pupo (BRA) 5,17 x Filipe Toledo (BRA) 12,17
6. Gabriel Medina (BRA) 17,66 x Dusty Payne (HAV) 11,84
7. Kolohe Andino (EUA) 1,40 x Julian Wilson (AUS) 9,40
8. Bede Durbidge (AUS) 1,33 x Adrian Buchan (AUS) 11,53
9. Mick Fanning (AUS) 10,84 x Jeremy Flores (FRA) 7,67
10. Joel Parkinson (AUS) 6,76 x Sebastien Zietz (HAV) 8,93
11. Nat Young (EUA) 9,44 x Kai Otton (AUS) 10,67
12. Kelly Slater (EUA) 13,10 x Alejo Muniz (BRA) 15,50
baterias da quarta fase
2. Josh Kerr (AUS) 4,97 x Filipe Toledo (BRA) 15,23 x Gabriel Medina (BRA)15,67
3. Julian Wilson (AUS) 6,43 x Adrian Buchan (AUS) 6,86 x Mick Fanning (AUS) 6,47
4. Sebastien Zietz (HAV) 4,54 x Kai Otton (AUS) 7,06 x Alejo Muniz (BRA) 6,43
baterias da quinta fase
2. Michel Bourez (TAH) 7,00 x Josh Kerr (AUS) 14,00
3. Mick Fanning (AUS) 2,44 x Alejo Muniz (BRA) 6,534. Sebastien Zietz (HAV) 10,34 x Julian Wilson (AUS) 17,46
baterias de quartas de final
2. John John Florence (HAV) 4,04 x Josh Kerr (AUS) 6,00
3. Adrian Buchan (AUS) 12,17 x Alejo Muniz (BRA) 3,77
4. Kai Otton (AUS) 2,77 x 17,83 Julian Wilson (AUS)
baterias de semifinal
2. Adrian Buchan (AUS) x Julian Wilson (AUS)
GE
Nenhum comentário:
Postar um comentário