sábado, 22 de novembro de 2014

Cidades do futuro

Arquitetos já pensam soluções para a superlotação de cidades ao redor do mundo. Veja o que eles já planejaram

Crise imobiliária? Você ainda não viu nada. Como as cidades vão lidar com a explosão populacional ou com as inundações causadas pelo aquecimento global? Alguns arquitetos já estão debruçados sobre essas questões, elaborando desde arranha-céus com florestas até cidades flutuantes. Só falta construir


digital image of projected plans, relates to feature on architects plans for cities in the future, housing crisis, global warming  (Foto: divulgação)

Em mais de 3 milhões de metros quadrados e a um custo de US$ 20 bilhões, o projeto Arquipélago 21 – também conhecido como “Hub Dream” – é uma das mais ambiciosas propostas arquitetônicas já concebidas. Projetado para ser construído em um parque urbano às margens do Rio Han, desde o início de sua concepção tratou de evitar uma armadilha: não perder o sentimento de comunidade em meio às suas populosas torres. A solução veio na disposição dos edifícios. O Arquipélago 21 é dividido em “ilhas” – formas distintas entre diferentes paisagens e com minibairros com personalidades próprias, utilizando a vegetação como divisor-mestre. O projeto, que prevê ainda novos distritos corporativos, comerciais e centros culturais, foi assinado pelo escritório americano de arquitetura Daniel Libeskind. O estúdio também idealizou quatro das diversas torres previstas no Arquipélago 21. Além dele, há outros escritórios de arquitetura renomados, como o Bjarke Ingels Group, responsável pelo projeto das torres batizadas de Cross #. Nenhum outro arranha-céu, no entanto, é tão chamativo como o The Cloud. As duas torres possuem oito andares em comum, concebidos em formato de nuvens e com jardins à mostra. Infelizmente, por falta de financiamento, o Arquipélago 21 está suspenso desde abril.


digital image of projected plans, relates to feature on architects plans for cities in the future, housing crisis, global warming  (Foto: divulgação)


Feito sob medida para a categoria “e se?”, o projeto MultipliCidade do escritório de arquitetura de Melbourne John Wardle é parte da iniciativa “Agora e Quando: Urbanismo Australiano”, que tem o objetivo de imaginar como serão as capitais do país daqui a 100 anos. O resultado é um futuro no qual todo o solo estará tomado, o que exige a construção de outro nível sobre o topo dos edifícios. A plataforma da nova cidade seria suspensa por postes erguidos entre os prédios já existentes. A superfície privilegia as áreas verdes, boa parte delas ocupadas por plantações, o que cria um verdadeiro oásis em meio à metrópole cinza. A forma de interação com os edifícios abaixo ainda é incerta. Pode ser que nem exista. Como dito no início do texto, e se...


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Muitos dos designers que projetam as cidades do futuro partem do princípio de que a geografia da terra permanecerá a mesma. Porém, com um olhar mais atento ao aquecimento global, e com a crença de que metrópoles inteiras podem ser inundadas, a ideia do arquiteto belga Vincent Callebaut prevê a construção de uma série de cidades flutuantes para receber os refugiados das mudanças climáticas.

Projetado para abrigar cerca de 50 mil pessoas, cada bloco flutuante terá todas as condições de ser autossustentável, utilizando não apenas energia eólica e solar, mas também biomassa. Cada Lilypad proverá não só a cidade, mas um ambiente completo, contendo desde parques e lagos artificiais até áreas comerciais submersas (é só não abrir a janela). A cidade flutuante pode ser ancorada próxima a uma tradicional ou boiar livremente pelos oceanos, ao sabor dos ventos e das marés. Já pensou?

GQ

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