Alibaba precificou seu IPO em US$ 68 por ação na véspera.
Oferta de ações é a maior da história, nos Estados Unidos.
Alibaba estreia na Bolsa de NY (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
As ações do gigante chinês de comércio eletrônico Alibaba Group estreiam nesta sexta-feira (19) na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). A oferta de ações da companhia é uma das maiores da história, e a maior dos Estados Unidos. Tradicionalmente, no primeiro dia de negociação das ações de uma empresa, o dono costuma tocar o sino de abertura da bolsa de valores. No entanto, Jack Ma cedeu lugar a consumidores.
A expectativa é que as ações comecem a ser negociadas em breve. De acordo com a Nyse, todos os sistemas estão operando normalmente. Segundo a agência Reuters, os pedidos de ações do Alibaba, cuja sigla na bolsa será BABA, já superaram os relativos à estreia do Twitter, no ano passado.
O preço inicial de suas ações foi fixado em US$ 68, na véspera. Com esse preço por papel, o grupo deverá arrecadar, em sua oferta pública inicial, o valor de US$ 21,8 bilhões, superando o recorde do Banco da Agricultura da China, que obteve US$ 21,1 bilhões em 2010.

posando para fotos ao chegar a Nyse, no dia em
que faz a oferta pública inicial de ações
de seu grupo no mercado (Foto: Lucas Jackson/
Reuters)
"Eu os colocaria (Alibaba) em uma classe de Facebook e Google, pela escala que têm, além de perspectivas de crescimento e rentabilidade", disse Scot Wingo, presidente da fornecedora de software de e-commerce ChannelAdvisor.
Os investidores, interessados no rápido crescimento da China e na evolução do setor de internet, têm clamado por ações da companhia desde que executivos do alto escalão do Alibaba, incluindo o co-fundador e presidente-executivo do Conselho Jack Ma, iniciaram as apresentações na semana passada.
O Alibaba, que responde por mais transações do que a Amazon.com e eBay combinados, elevou a faixa de preço do IPO devido à forte demanda.
No máximo dessa faixa de preço, a estreia no mercado do Alibaba superará a listagem do Banco Agrícola da China em 2010, de US$ 22,1 bilhões.
Nos 15 anos desde que Ma fundou a empresa em seu apartamento de um quarto, o Alibaba tornou-se responsável por quatro quintos de todo o comércio online realizado na China, a segunda maior economia do mundo. A empresa também se ramificou em áreas como pagamentos eletrônicos e investimento financeiro.
A complexa estrutura de governança do Alibaba e os investimentos externos de Ma levantaram questões sobre potenciais conflitos de interesse e sobre a capacidade dos investidores de influenciar a estratégia do Alibaba.
A empresa decidiu listar suas ações em Nova York depois de representantes da bolsa de Hong Kong terem rejeitado seu pedido para permitir que um pequeno grupo de membros da companhia nomeasse a maioria do Conselho. A Hong Kong Exchanges e Clearing, que opera a bolsa, tem uma política contra empresas com múltiplas classes de ações com diferentes direitos de voto, mas agora está considerando o afrouxamento dessas regras.
O Alibaba planeja expandir seus negócios nos Estados Unidos e na Europa após o negócio. Mas nos Estados Unidos, pelo menos, a companhia não é amplamente conhecida: uma pesquisa da Ipsos constatou que 88% dos norte-americanos não tinham ouvido falar da empresa.
Segundo o "The Wall Street Journal”, o volume atingido em 2013 em transações de sites do grupo chinês, US$ 240 bilhões, é mais que o dobro do total movimentado pela Amazon e o triplo do eBay. O grupo é responsável por 60% de todos os pacotes entregues na China, de acordo com a "The Economist".
Um levantamento feito em 2013 mostrou que o Alibaba fechou o ano com 231 milhões de compradores, com uma média de 49 encomendas por consumidor, de acordo com um levantamento da rede de TV “NBC”.
Veja a relação dos maiores IPOs dos EUA:
Alibaba Group Holding US$ 21,767 bilhões
Visa US$ 17,864 bilhões
ENEL SpA US$ 16,452 bilhões
Facebook US$ 16,007 blilhões
General Motors US$ 15,774 bilhões
Deutsche Telekom US$ 13,034 bilhões
AT&T Wireless Group US$ 10,620 bilhões
Kraft Foods US$ 8,680 bilhões
France Telecom US$ 7,289 bilhões
Telstra Corporation US$ 5,646 bilhões
G1 São Paulo
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